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COMUNICADO AOS PARTICIPANTES DA 13ª TRAVESSIA DO TAIM
Prezados Participantes

O Jeep Clube de Santa Vitória do Palmar, na condição de organizador da 13ª Travessia do Taim apresenta abaixo os motivos pelo os quais o evento não pode ser realizado na área originalmente proposta.
O evento surgiu em 1995 como apenas um passei de final de semana, com vista ao conhecimento e contemplação da biodiversidade existente na ESEC Taim. O trajeto, que contava com a autorização do IBAMA, era de Santa Vitória do Palmar/RS tendo como destino final à base Caçapava, situada dentro da Estação, dando origem ao nome Travessia Ecológica do Taim.
Apenas a primeira edição foi realizada dentro dos limites da reserva. Os eventos posteriores foram realizados na orla da praia e na área de plantio de pinus, basicamente o mesmo projeto previsto para este ano.
Em agosto de 2006, a FEPAM- Fundação Estadual de Proteção Ambiental emitiu a Autorização nº 394/2006, impondo as restrições e condições para a realização da 12ª
Travessia do Taim, constituindo assim, o primeiro evento desse natureza com licenciamento ambiental no Brasil.
Para a realização do evento neste ano a FEPAM solicitou a Comissão Organizadora a realização de novos estudos e a apresentação da autorização do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
TODAS as exigências da FEPAM foram cumpridas, com exceção de uma, AUTORIZAÇÃO DO IPHAN.
Mesmo tendo encaminhado a documentação exigida em outubro de 2006, este Instituto demorou 8 MESES para visitar a Área, quando o prazo legal seria de 90 dias. Somente em 8 de agosto de 2007 foi realizada a vistoria pela IPHAN, porém sem acompanhamento da Comissão Organizadora ou dos responsáveis técnicos que elaboram os estudos para o licenciamento ambiental do evento.
Ao contrário, o arqueólogo do IPHAN, porem sem acompanhado por um profissional não habilitado, e para piorar, a vistoria foi realizadas nas áreas dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, exatamente a direção aposta do trajeto previsto para a 13ª. Travessia do Taim.
Infelizmente o Ministério Publico Federal acatou o relatório da IPHAN, mesmo com inúmeras incoerências técnicas, e sugeriu a FEPAM a não autorização do evento.
Estamos vivendo momentos de inversos de valores. A opinião de qualquer aventureiro tem mais valor que aquelas produzidas por instituições renomadas e verdadeiramente habilitadas para emitir pareceres. Aventureiros não precisam provar nada, apenas lançam denuncias vazias e o ônus da prova passa a ser conta do acusado. E mesma com inúmeras provas, os aventureiros continuam imunes.
O desconhecimento em geral sobre o verdadeiro projeto da Travessia, respeitando os principais aspectos ambientais observados, talvez tenha sido o principal motivo da proibição.
O Jeep Clube de Santa Vitória do Palmar tentou de todas as formas reverter esses equívocos, porem não obteve sucesso AINDA.
Talvez o tempo venha a estabelecer os verdadeiros motivos das denuncias que o Ministério Público recebeu, o que certamente não é somente ambiental.
Nesse caso, infelizmente o interesse de poucos foi superior aos interesses da Comunidade, favorável a realização do evento que já faz parte do calendário Oficial do Município de Santa Vitória do Palmar.
Mas não desistiremos, continuaremos tentando promover o licenciamento ambiental, por que temos certeza que os impactos catastróficos previstos pelos aventureiros não verdadeiros e não tem sustentabilidade técnica.


Comissão Organizadora do 13ª. Travessia do Taim.