Bancos - os cidadãos estancieiros da zona, a começar
pelo proprietário, além de Norberto Sousa
Leite, Manoel Corrêa Mirapalhete, o criador da idéia
da fundação e líder do grupo, Jacintho
Dias de Oliveira, Antônio Rodrigues Corrêa,
Tomaz Corrêa Vianna, Manoel José Pereira, Bernardo
Rodrigues Corrêa, José Florêncio do Amaral,
Martinho Corrêa de Mirapalhete, Manoel Jacintho Dias.
Depois de demarcada a povoação, foi sacramentada
a sonhada vontade de todos de possuirmos um núcleo
populacional em tão longínquas paragens do
extremo sul do Brasil.
A razão principal dessa fundação era
que todos tivessem um ponto de referência para seu
comércio, mas principalmente uma estação
onde pudessem ter o contato jurídico-aduaneiro, com
a criação de uma capela, além de praticar
com uma autoridade eclesiástica as ações
de fé católica. Mas mais importante ainda
era o registro de nascimento, batismo, casamentos e óbitos,
já que a Igreja Católica, durante o Império,
pertencia ao estado e todos os documentos passavam para
autoridade religiosa local, que nada mais era que o padre
da região.
Fundada a povoação, continuamos a pertencer
ao distrito do Taim, município do Rio Grande, que
nos governava através de câmaras e com isto
posto e mercê ao nosso desenvolvimento, fomos recebendo
graduações políticas. Pela lei 808
de 30 de outubro de 1872 fomos elevados à categoria
de vila. Nesse momento criaram-se as repartições
de tabelião, escrivão judicial de notas e
órfãos, contador e partidores de juízo.
A lei 1736, de 24 de dezembro de 1888, nos elevou à
situação de cidade. A notícia da Proclamação
da República chegou em 23 de novembro de 1889 e aí
passamos a ser regidos pela nova formação
republicana.No dia 10 de maio de 1890 fomos levados a compor
uma Câmara Municipal Republicana, formada pelos seguintes
cidadãos: Antônio Bernardo Mendonça,
João José do Amaral e Alípio Santiago
Corrêa, sendo este último o escolhido para
presidir o novo grupo jurídico político que
governaria a nossa divisão sul.
Nota: As principais informações deste trabalho
foram extraídas do livro
"O Município de Santa Vitória do Palmar"
do Cel. Tancredo Fernandes de Melo, 1ª edição
(já que existe uma segunda), da editora Officinas
Graphicas da Livraria Americana- Porto Alegre, 1911.
Esta obra é o marco dos estudos concernentes à
vida de nossa comunidade e a base dos estudos geográficos,
econômicos e, principalmente, históricos.
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