SEMPRE
ALERTA - OS ESCOTEIROS EM NOSSA TERRA
ÍTALO GIUDICE – UM GRANDE CIDADÃO
O movimento
dos Escoteiros definiu-se por todo o planeta desde a idéia
de Paden-Powell, general britânico, seu criador, dentro
de uma filosofia moral, religiosa e militar arregimentava
jovens para uní-los dentro dos ideais expostos e
dando-lhes um condicionamento como uma corporação
castrense.
Esses moços possuíam uma hierarquia de caserna
e eram promovidos pela ordem de entrada na corporação,
idade, mas, em especial, pelos méritos de sua atuação
no grupo.
A Igreja Católica viu nesse movimento uma forma de
aglutinar e trazê-los ao seu seio e daí, distribuindo
o conceito já descrito acima, que é muito
parecido com a dela.
Possuíam um uniforme que lhes dava orgulho de vestí-los,
formado por uma calça curta cáqui, uma camisa
da mesma cor, um lenço, chapéu semelhante
aos que os ingleses colocaram em suas milícias e
que foram características dos da Polícia Montada,
inclusive no nosso país. Como complemento levavam
um cinto grosso com uma fivela grande com o símbolo
da entidade que era a “FLOR DE LIS”, uma faca
na cintura e um bastão de madeira que conforme a
categoria do escoteiro, desde que não fosse o “LOBINHO”,
a menor, poderia ser complementado com uma ponta de ferro
ou arame.
Este grupo foi criado em Santa Vitória do Palmar,
no início de 1940, quando era moda ser Escoteiro
e foi na figura do padre Paulo Chabanon que aqui estava
escalado e até início da nova década
desenvolveu um trabalho exemplar para depois, desaparecer,
já que em todo o mundo esse tipo de entidade não
é muito atraente.
Nestes últimos anos houve uma tentativa de sua reorganização
e o grande maestro Dirlei Lino Valério é um
dos líderes é um mergulhão de coração.
Ele inclusive, criou uma sede própria lá nas
bandas da coxilha sul, perto do Posto de Saúde Antônio
de Oliveira Rotta.
É grato recordar alguns dos primeiros escoteiros
de nossa cidade e que estão estampados nas fotos
anexas a este trabalho, como, Ítalo e Erni seus principais
dirigentes, mais: Ibrain Alves Nunes, Elpídio de
Oliveira, Orlando Cabreira, o Pichinguinha, Fábio
Spotornio, Érico e Armando Cava, Luis Alberto Cava,
e Tutunga e seu irmão Francisco, Flávia Trotta,
Vitório Calvete, e Chucha, Carlos Chaparro, Vitório
Giudice, Aldo, seu irmão, Dércole Perffeto,
Ronald Stigger, e Bubi, Olano Cardoso, o autor desta crônica
e tantos outros.
As atividades se destacavam nas reuniões onde eram
dadas regras de conduta da época, mais os trabalhos
de campo( ? ) onde fazia-se os treinamentos, as guardas,
viagens ao interior de município, inauguração
no exterior, como a de uma escala em 18 de julho no Uruguai
onde estava presente o presidente daquela nação
Baldomir.
Outro orgulho do grupo foram os desfiles na Semana da Pátria
que eram muito respeitados, principalmente depois da instalação
da ditadura a modelo fascista e nazista, onde as marchas
eram de um explendor notável, além de uma
viagem à Porto Alegre que culminou com todas essas
atividades.
Mais modernamente, ainda dentro da Igreja Católica,
formou-se um importante núcleo de moças que,
também, dedicavam-se aos trabalhos filantrópicos
que vestiam um fardamento azul e que aqui foi coordenado
pela hoje, professora Darci Calvete, as BANDEIRANTES.
Finalizando, é de justiça que seja reverenciada
a figura de um conterrâneo, Ítalo Giudice,
que por largos anos foi o comandante de instituição
masculina, os ESCOTEIROS, motivo desde trabalho. Homem da
comunidade, forneceu uma família de destaque entre
nós e sempre esteve envolto em atividades comerciais,
que aliás, é o seu ramo profissional. Filho
de um casal importante entre todos nós, Cristóvão
Giudice, de nacionalidade italiana e que foi por muito tempo
aqui cônsul honorário de sua pátria
e de da. Chiquinha Trotta, símbolo de bondade entre
nós. Seus irmãos Aldo, Serafina e Vitório
compõe o resto desse clã.
Músico de escola, grande pianista, sempre esteve
ligado aos movimentos culturais de boa interpretação
musical neste meio tão distanciado e carente dessas
influencias, hoje tão popularizadas e de baixa condição
técnica, mas, muito a gosto dos apreciadores, em
especial dos, jovens, com suas execuções eletrônicas.
Ao final, é bom lembrar que por aqui passou essa
plêiade de moços e moças que, a sua
maneira, ajudaram a difundir o civismo, a religião,
mas sobretudo, a moral e os bons costumes, na esperança
de formar um mundo melhor.
SEMPRE ALERTA! Senha dos escoteiros que deverá ficar
incutida no espírito de todos aqueles que palmilham
por um caminho de cordura e honestidade para fazermos, quem
sabe, um dia, um mundo melhor para todos e que nós,
os santa-vitorienses, possamos contribuir, agora como o
fizemos no passado, com firmeza, fé e esperança.
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