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A Maçonaria em nossa terra - suas
duas lojas
Ainda em pleno século XIX vamos comentar sobre a
Maçonaria, entidade filantrópico-beneficente,
cuja finalidade é a ajuda aos seus membros e à
comunidade em que atua. Foi originada na luta pelos ideais
de liberdade oriundos da Europa contra o absolutismo entre
os anos de 1400 a 1800, quando uma onda de reação
contra o totalitarismo se esparramou pelos espíritos
evoluídos das elites e, posteriormente, nas populações
surgidas dos grandes descobrimentos, introdução
do capitalismo, revolução industrial etc.
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Nosso município não fugiu à regra
e em 15 de novembro de 1873 se instala a Loja Simbólica
de Indivisível e que construiu um templo no mesmo
ano, no local quase em frente onde hoje existe o prédio
de sua sucessora, a Acácia Vitoriense.
Grandes figuras de nossa comunidade tendo a frente o venerável
Nicolau Rodrigues de Lima e tantos outros (e aqui corrijo
um erro quando dou como pertencente à sucessora o
Vigário José Vasques Gonçalves, já
que este havia falecido quando foi fundada a Acácia
Vitoriense) se arregimentaram para desenvolver a precária
povoação, contribuindo para um melhor aprimoramento
de seus concidadãos.
A Loja Simbólica de Indivisível, após
sua extinção, teve a substituí-la a
Loja Acácia Vitoriense, criada em 19 de agosto de
1896, sendo o seu primeiro venerável, o conhecido
conterrâneo Jacintho Brum do Amaral e localizada onde
está até hoje, na esquina das ruas Conde de
Porto Alegre com General Osório. Com grandes serviços
prestados à nossa gente, desde a criação
do portentoso prédio atual, uma clínica médica,
biblioteca e escola particular, inclusive noturna, para
servir aos estudantes carentes, mas considerada pelos irmãos,
como a mais importante obra realizada, está a fermentação
das idéias em seu meio e depois tornada realidade,
do Ginásio Santa Vitória, atualmente Colégio
Estadual e que no dizer do bel. Cândido Auch Ribeiro
dividiu a história de Santa Vitória do Palmar
em duas partes: antes e depois do aparecimento deste educandário.
Destas duas Lojas que aqui funcionaram, a Acácia
Vitoriense está até hoje servindo aos seus
propósitos e ajudando aos irmãos e a comunidade
em que vive, como um símbolo de respeito e dignidade,
numa ação profícua dentro da mentalidade
do século XIX e que segue, tempo afora, no caminho
traçado em pró do desenvolvido da sociedade,
respeitando o lema da fraternidade e união e na constante
vigília contra a opressão dos poderosos e
radicais amantes das ditaduras de ambas as correntes filosóficas
que abalaram o mundo.
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