PETRÓLEO EM SANTA
VITÓRIA DO PALMAR
É um momento muito importante em todo
o planeta quanto a pesquisa e prospecção do
ouro negro, que movimenta a vida em todos os sentidos. A
energia é cada vez mais rara e as fórmulas
para conseguir sucedâneos para ele, tão grandes
e para a nossa satisfação, o Brasil, é
o mais destacado pais na busca de maneiras que assegurem
esse fornecimento num futuro próximo.
Nosso município, por sua grande extensão de
terrenos sedimentares das épocas terciária
e atualmente, a quaternária, é um ponto onde
muitas vezes foi olhado com esperança de achar neste
solo abençoado, o combustível do século
XX que escasseia, daqui por diante, numa espantosa velocidade.
É, de afirmar-se que nosso pampa, por sua fertilidade,
contribuirá, por certo, na produção
de elementos renováveis para que sejamos auto-suficientes
em biodiesel, numa ânsia, de que possamos fazer a
energia ser constante e redentora para nossa infeliz monocultura,
dando trabalho e progresso para todos, revigorando o desenvolvimento
social.
Sempre fomos vistos como possíveis detentores desse
mineral, como o somos em relação ao DIATOMITO
e o CALCÁRIO, tão pouco explorados e que nada
deixam de recursos canalizados para os cofres municipais.
Precisamente, em 30 de setembro de 1942, o cidadão,
provavelmente de Pelotas, CURT GUILHERME RHEINGANTZ, estudioso,
visionário e alguns o considerando excêntrico,
conseguiu do presidente Getúlio Vargas, através
do decreto nº 10548, a licença para exploração
em nosso território, numa área de 5.000 hectares,
petróleo e gases naturais. Depois dessa permissão,
recebeu uma prorrogação por mais dois anos,
a partir de 15 de outubro desse ano, para continuar com
o direito, conforme prova o documento aqui transcrito do
decreto nº. 17.011 de 26 de outubro de 1944.
Nada se conhece do resultado das pesquisas feitas pelo cidadão
nomeado, mas em 1960, uma firma do Rio de Janeiro, usando
um novo processo “concorrente contínua”,
por essas plagas esteve atuando, também, sem saber
se o desiderato foi positivo.
Período muito importante, inclusive, sobre os auspícios
da Cadeira de OSPB do então, Ginásio Estadual
de Santa Vitória do Palmar, sobre a coordenação
deste autor, os engenheiros que aqui vieram, estiveram palestrando
no auditório Oscar Machado, daquele educandário.
Na noite referida, com a presença de autoridades
locais, pais, filhos, professores e pessoas da comunidade,
foi feita uma esperançosa apresentação
sobre a presença de tão procurada riqueza.
Embora, com toda a capacidade dos palestrantes, nada até
agora, foi constatado.
Outras tentativas foram incetadas após esse evento
e na chamada Bacia de Pelotas, no oceano Atlântico,
que abrange a área que vai de torres até o
Uruguai, com navios prospectando, mais uma vez nada aconteceu
e sem apresentação de conclusões.
Na semana passada outra notícia surgiu na crônica
estadual e brasileira, mostrando o interesse da Petrobrás
em retirar amostras de gás natural em nossa costa,
que “é quase certo” que exista, principalmente
agora, que estamos com dificuldades com o fornecimento da
Bolívia.
Resta-nos esperança de sucesso nesta nova empreitada
e podemos outras vez, correr o risco, de ver-mos frustradas
as nossas expectativas, mas o santa-vitoriense é
um crente e acredita no futuro brasileiro e possui fé
nos destinos nessa Terra que comemora os seus 150 anos.
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Região
do oceano, no Mar do Hermenegildo, onde se via os
barcos pesquisando a riqueza subterrânea. (foto
Collor) |
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Região palmarina
onde foi feito o trabalho de Curt Guilherme Rheinghantz
(foto Collor) |
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Área do
norte do município onde também forram
feitos estudos para a confirmação dos
minerais-Canoa-Mirim |
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Documento que comprova
o Decreto de Getúlio Vargas autorizando a prospecção
de petróleo e gás natural em nosso território;
(colaboração do Bel. José Candido
C. Ribeiro) |
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