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Uma dissidência partidária agita o município

Desde a instalação da República em 1889 nossa terra foi conduzida por gente que tinha como bandeira, a forma de governo temporária e como filosofia, o Positivismo, tão em moda nesses tempos. As lutas para manter o domínio, tendo a frente o bel. Manuel Vicente do Amaral, criaram uma situação duradoura que predominou até a Revolução de 30 e que continuou até o Estado Novo, embora seu chefe Getúlio Vargas comungasse desses ideais.
Corria o ano de 1916 e o grande líder dos Provedores deveria fazer o seu substituto para administrar esta extrema região e a escolha recaiu em Egidio Borges, abastado estancieiro e que era figura atuante na comunidade e na vida partidária. A indicação que, além de atender os interesses da classe dominante, demonstrava a sua aceitação entre seus pares, porque muito laborioso homem do campo, possuía uma reputação ilibada. Não representava, talvez, o grupo culturalmente colocado dentro do Partido Republicano e suas luzes eram limitadas, mas volto a insistir, estava dentro dos parâmetros que se desejava para um homem do governo, somente trazendo a grande dificuldade de substituir Manuel Vicente, que sonhava com horizontes mais altos.
Tudo parecia correr conforme a moda, até então, habitual nas comunidades do interior, onde se afirmava que as eleições sempre eram vencidas por elementos que rodeavam o poder. No entanto, vivia aqui um advogado sem formação acadêmica, profissão que não era tratada como a de bacharel, mas ostentava o título pejorativo de “rábula”, embora muitos profissionais da área fossem assim e com grande brilho.
Este homem era o polêmico José Soares Azambuja e que de uma cultura sólida, sendo inclusive professor, começava a protestar com a escolha do primeiro, mesmo desfilando nas hostes da agremiação política . E de seu espírito de contestação, apoiado por alguns lideres descontentes com a situação, faz surgir entre os seguidores da entidade, uma dissidência que poderia colocar em xeque a vitória que estava garantida desde muitos anos atrás.
O racha inevitável aconteceu e disso ai, começou uma verdadeira batalha de ataques protagonizados pelos jornais da situação, sendo o mais destacado, o Sul do Estado . Perigava o mantenimento da antiga ordem e desse resultado, ficou uma fenda que somente quando os gaúchos, mineiros e paraibanos, tomaram as rédeas do governo do pais em 30, é que as diferenças começaram a se normalizar ao “status quo” anterior.
O resultado, embora apertado, deu vitória à situação e o grande adversário, que era apelidado jocosamente de Zorrilho, pela sua fúria em defender os seus pontos de vista. Aceitou a voz das urnas.

Egidio Borges tomou posse em 15 de setembro de 1916 juntamente com o Conselho de Sentença que ficou assim constituído:
Presidente - Vicente Ferreira;
Secretário - Francisco Martins e
Conselheiros- Oscar Martins Neto- Antônio Echart - Flor Silva e Emydio Rodrigues.
A comunidade administrativa pode seguir a diante, mas uma nova era de lutas partidárias e de projeção no mando, passou a ser modificada, com a possibilidade de, num futuro próximo, outras lideranças ditariam as normas e que realmente aconteceu, não por vitória nas urnas, mas sim, por uma estrutura ditatorial, que por muitos anos, predominou, infelizmente, na nação brasileira e que somente, depois da2ª guerra mundial em 1945 passamos a ser comandados pela Lei.

 

 

Egidio Borges- vencedor nas eleições para Intendente 1916

 

José Soares de Azambuja - O político dissidente


Pergunta da Semana: Que família era conhecida por os TURUNGUENGAS e por que levava esse nome?

 


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br