DOIS GRANDES EDUCADORES
QUE DIGNIFICARAM ESTA TERRA
OSCAR MACHADO E ELMO FARIAS DE ALBERNAZ
Professor
Oscar Machado e Elmo Farias de Albernaz possuem situações
em comum e muitas delas serviram para honrar o Estado do
Rio Grande do Sul e Brasil e a maneira de cada um, desenvolveram
a sua atuação docente proporcionando um avanço
na Educação, tão carente e desrespeitada
até os dias de hoje.
Vamos comparar a maneira em que estes dois mestres separados
por muitos anos, mas juntos nos atos de provocar condições,
a fim de, que o desenvolvimento pedagógico se fizesse
sentir por todos os lados e em especial, na área
de nosso município e no estado.
Oscar Machado, nascido na fronteira oeste do Rio Grande
do Sul, às margens do caudaloso rio Uruguai, em Uruguaiana
e Elmo Farias de Albernaz, nos limites do sul do país,
cercado pelas plácidas águas da Mirim.
O primeiro, saído do interior uruguaiense, filho
de tropeiro e menino pobre, chegou até aquela cidade
trazido pelo amparo da Igreja Metodista e analfabeto até
os 11 anos, pelo estudo metódico e vigoroso, conseguiu,
vindo para Porto Alegre, tornar-se professor em Educação
e posteriormente doutor. O segundo, nosso conterrâneo,
filho também de homem condutor de gado pelos ínvios
caminhos mergulhões, ajudou seu pai o “velho”
Augusto, nas tropeadas até os frigoríficos
de Rio Grande e conviveu com a “caridosa” dona
Marica. Cresceu ali, na chácara das Camélias
quase na esquina das ruas Osvaldo Anselmi e Gal. Canabarro,
estudando no Grupo Escolar Manuel Vicente do Amaral, depois
no Ginásio de Santa Vitória, para pela mão
do Dr. Oscar, chegar ao Instituto Porto Alegre, o IPA e
lá alçar vôo para caminhos maiores.
Professor Oscar Machado, foi o criador do GSV, sendo honorificamente
seu reitor, para que o mesmo pudesse funcionar no ano da
graça de 1950. Para cá veio a pedido do Rotary
Club e da Maçonaria onde era membro e que, com grande
prestígio na esfera do ensino no Brasil, fez realizar
o sonho dos santa-vitorienses de termos o curso médio,
aliás, conhecido como ginasial e fez possível
que aqui fosse implantado tal avanço.
O estudante ginasiano Elmo, aluno do mesmo, ao formar-se
na 4° série em 1954, foi completar os seus estudos
seguintes no colégio protestante da capital, já
citado. Seguiu a senda do velho mestre, tornando-se um educador
de destaque, tanto a prova dada, é o fato de que
o mesmo passou a atuar no magistério estadual, mas
também, foi aplicar seus conhecimentos e sua digna
conduta profissional em educandários da rede metodista
de ensino pelo interior do Rio Grande do Sul, como em Santa
Maria, Uruguaiana e outros locais, para por fim, ser como
o reconhecido prof.Oscar Machado, reitor do IPA.
O primeiro mestre, enquanto nosso colégio pertenceu
ao município, sempre vinha, pelo menos, três
vezes ao ano, no avião da Varig, para fiscalizar
o seu filho dileto que era o Ginásio e quando os
formandos foram estudar a beira do Guaíba, ele nunca
perdeu o contato com aqueles ansiosos e tímidos mergulhõezinhos
que estavam tão longe de casa.
Ao findar a atuação do mestre por estas bandas,
pois, a entidade de ensino passou para o estado, Oscar Machado
rareou as suas visitas. Não o fez porque estava desinteressado
conosco, mas sim, porque fixara-se nos EUA e México
representando nossa Pátria na OEA e depois, na política,
foi secretário do governador Ildo Meneghetti.
Encerrou sua vindas para o extremo sul quando aqui esteve
por última vez, antes de falecer, para receber, com
muita Justiça, o título de Cidadão
Santa-Vitoriense. Foi uma passagem que orgulhou a todos
os que sempre pensaram na evolução educacional
de nossa gente.
O professor Elmo, nunca desligou-se de nós, porque,
além de possuir familiares nesta localidade, sempre
cultivou a todo o tempo, um grande número de amigos
para o resto da vida. Constantemente está pensando
em aportar na sua querida Barra do Chuí e mesmo,
embora aposentado, com grandes atividades na área
religiosa que o faz deslocar-se para vários pontos
do país e do mundo, sempre encontra um jeito de por
aqui ficar, aproveitando esta terra que ele ama como poucos.
Oscar Machado e Elmo Farias de Albernaz, são figuras
humanas que dignificam a terra. O primeiro transformado
em conterrâneo por um ato de justiça da comunidade
ou então, o outro haver nascido nestas plagas meridionais.
Homens como estes demonstram que, com fé e conscientes
do papel que exercem, através da Educação,
farão uma humanidade grande, neste momento em que
estamos com grandes dificuldades de convívio social.
Por isso, esta página tem o sentido de relembrar
que a EDUCAÇÃO É A ÚNICA HERANÇA
IMPERECÍVEL, como marca a letra do imortal professor
Blotta, no hino do Ginásio de Santa Vitória
do Palmar e o lema da Escola.
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