Vila Jacinto – bairro dos trabalhadores
Grande parte das terras onde se desenvolveu nossa cidade
pertenciam a Carvalho Porto, doadas em sesmaria, situação
esta que caracterizou as posses de todos do Rio Grande do
Sul, Banda Oriental (Uruguai) e inclusive, o sistema fundiário
que nada mais era que uma oferta das autoridades de então.
Pelo falecimento dos cabeças da família Carvalho,
que aliás, ainda hoje, os mais antigos, ao se referirem
a essa parte das propriedades, dizem “terrenos da
Carvalho”, uma questão jurídica rumorosa
desenvolveu-se em diversos fóruns de muitas cidades,
até que, o verdadeiro domínio, por compra,
passou às mãos de JACINTO RIBEIRO DOS SANTOS,
que na realidade era o “cessanário de direito
e ação hereditários” de sucessores
de Francisco da Silva Porto.
Em 1923 esteve aqui o bel. Miguel de Almeida, advogado do
Rio de Janeiro, na época, capital do país
e talvez, para fazer um agrado à população
posseira da área, no Tabelionato (2º) de Pedro
Alexandrino Vasques, fez a doação de uma porção
de terras, de 5 hectares, no atual local de aglomerado,
na parte norte, para o município e que este deveria
instalar ali, numa extensão de 500m², onde a
classe dos operários santa-vitoriense receberiam
o quinhão e por 20 anos, nada poderia ser-lhes cobrado,
como imposto e taxas. Em caso de ocupação
pelo poder público, este deveria compensar o cidadão
que havia sido beneficiado.
O local ficou conhecido, por muito tempo, Vila Jacinta,
talvez para relacionar-se no feminino desta, mas é
claro que deve se esclarecer, que o termo é no masculino,
pela razão do novo proprietário comprador.
No canto da cidade, por muitos anos, ficou pejorativa conhecida
como “Povinho das Ratas”, dada à pobreza
dos moradores e os constantes alagamentos, principalmente
no inverno.
No entanto, no governo de Conrado Alves Guimarães,
ela foi ligada por um canal, passando à estrada BR-471,
e esgotando-o para o arroio Chuí. Muito mais do que
isso, a sua população trabalhadora, foi desenvolvendo
o local, com ruas asfaltadas, luz e água, e as pessoas,
graças ao trabalho, aumentaram o nível de
vida e cultural e com a criação do Colégio
Osvaldo Anselmi, a vida ali, proporcionou um maior progresso
na comunidade.
A Vila Jacinto, hoje faz parte desta urbe operosa, onde
se agita um futuro melhor.
A Vila Jacinto é na realidade, um apêndice
que faz com que estejamos a beira de nossa afirmação.
Esta região é mais uma célula a ombrear
com todos para que Santa Vitória do Palmar, seja,
reconhecida, entre as da mais, pela pujança da comunidade
de porte pequeno do estado.
Do feminino JACINTA, passamos a conhecê-lo como JACINTO,
num termo correto que saiu de um proprietário baiano.
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Estudantes
da Escola Osvaldo Anselmi na entrada da Vila Jacinto,
hoje. |
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Alunos da
Escola durante as festividades da Semana da Pátria. |
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