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FREDERICO RAMIS BLOTTA

UM MERGULHÃO DO OUTRO LADO DO MUNDO - A CHINA

É um fato curioso que pode acontecer com muitas comunidades do mundo. Em qualquer canto da terra em que a gente vá, encontramos um conterrâneo, atuando com grande desembaraço e capacidade. Temos uma alta condição de adaptação ao meio e voltamos do exterior, pelo menos, conhecendo a língua e o que é mais importante, sentindo uma grande saudade destes pagos e da terra que deixamos.
É a síndrome do MERGULHÃO!
Este é o caso de um jovem santa-vitoriense, FREDERICO RAMIS BLOTTA, filho da brilhante professora TELECA e do hermenegildense, RÉGIS BLOTTA, oriundo da família do grande Frederico Tancredo Blotta.
Engenheiro de Produto ou seja, responsável na montagem das fábricas e o desenvolvimento dos produtos a serem confeccionados, foi à China, mais especialmente em Hong Kong, antiga colônia inglesa e que agora está anexada novamente ao território chinês.
Este moço, representou a firma Digistar Comunicações S.A de Porto Alegre, para estudar as condições da implantação de negócios naquele pais do oriente.
Está encantado com o progresso da região, destacando os baixos impostos que faz com que os produtos ali desenvolvidos, concorram com os maiores similares das grandes potências do mundo. Chama-lhe a atenção de que os originais da terra se deslocam para os aglomerados industriais, morando nas próprias fábricas e quando adquirem algum saldo monetário, voltam para as suas regiões de origem.
Admira-se Frederico com o grande potencial desse pais e ao mesmo tempo, fica pensando no quanto poderíamos usar esses métodos em nosso território, principalmente, explorando as potencialidades daqui e os pontos estratégicos de nosso imenso torrão natal.
Shenzhen, que fica ao lado do grande porto asiático, é um dos maiores centros de desenvolvimento de transformação e o nosso engenheiro de produtos, vê a grande possibilidade de que nós, sejamos num futuro breve, um dos maiores fornecedores de tecnologia, conhecimentos técnicos e abrindo um campo importante para que, junto com eles, possamos progredir no ramo da indústria.
FREDERICO RAMIS BLOTTA, foi o representante, junto com um comprador da firma em questão, de uma das mais importantes aglomerações em produtos eletrônicos, principalmente de centrais telefônicas, cuja carência, no mais populoso pais do planeta, é incontestável e assim, esse jovem engenheiro, também, irá contribuir para o progresso de tão importante centro de riqueza. Na China tudo é portentoso e o mergulhão está conciente de sua importância dentro deste cosmo fabril em que ele vive e atua.
Deixou, por agora, a música, uma de suas predileções, distanciou-se da família e da terra, abdicou do verão no Hermenegildo e partiu rumo ao outro lado da terra.
Mandou uma fotografia de uma rua de Hong Kong para marcar, para a posteridade, a sua chegada naqueles formigueiros humanos que é essa base político-comercial da grande nação acendente da Ásia e diz textualmente que ao andar naquelas ruas numa “barafunda” organizada, cheias de gente de olhos puxados, caracterizando a raça mongólica, sempre o grande futuro da região e estudioso, como é, dia que há grandes possibilidades de comerciar nela, mas que, corrigindo os nossos erros históricos e conjunturais, como a falta de educação profissional de nossa gente, os impostos menores e atraentes, possamos fazer com que o Brasil venha a ser uma grande potência econômica do Planeta.
Não deixa o seu lirismo que sua origen lhe inculcaram no coração e diz, em tom de jocosidade, uma característica dos Ramis e a observação cultural dos Blottas, que “ ao ser retratado numa das vias da grande metrópole, sentiu-se como ator de um filme de Kun Fu que, menino ainda, assistia no Cine Theatro Independência de sua querida Santa Vitória do Palmar.”
Frederico Ramis Blotta está na capital do estado, mas irá voltar aos longos caminhos percorridos por Marco Polo, para chegar nas terras da Mongólia Chinesa e vai implantar a sua capacidade e fé no trabalho e no destino da pátria brasileira.
É verdadeiramente um Mergulhão trabalhando do outro lado da terra, para a sua realização e a grande satisfação de todos nós, que completamos 150 anos de vida, relembrando o passado, com um pé firme no futuro.





Foto de Frederico Ramis Blotta tirada numa rua de Hong Kong, hoje pertencendo à China



 


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br