Gimnasio Instituto Brazileiro fundado em
21 de novembro de 1916
O 1º Ginásio de Nossa Terra
Parece estranho este título, pois, sabemos todos
os que freqüentaram os bancos escolares desde 1950,
que o GINÁSIO SANTA VITÓRIA foi o pioneiro
da instrução secundárias por estas
plagas e que modificou radicalmente a vida de nosso município,
principalmente quando era privilégio dos mais abastados
recorreram a estabelecimentos do gênero nas cidades
de Jaguarão, Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e
alguns, ainda mais poderosos financeiramente, indo para
Rocha ou Montevidéu. É uma cousa interessante,
mas, realmente, foi o GIMNASIO INSTITUTO BRAZILEIRO, o precursor
dos estudos que hoje chamamos de 2º grau.
Sob a direção do bel. e professor Braziliano
da Costa e Silva que veio da Princesa do Sul, onde já
se dedicara a dirigir um estabelecimento igual, num local
onde ainda não se pode afirmar que seja o prédio
exato, se no vetusto edifício postado na esquina
da rua 13 de maio (Barão do Rio Branco)e gal. Deodoro,
onde depois, passou a funcionar o Colégio Elementar
em 1918.
Preparava os alunos para os cursos universitários,
que eram poucos em nosso estado, para as escolas de comércio
e também, a área militar que atraia grande
quantidade de conterrâneos. Os cursos de medicina,
direito, principalmente, depois desse preparatório,
eram feitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador
e Recife.
Não sabemos quanto tempo prestou seus serviços
este educandário e como na escola secundária,
de 1956, numa grande carência de professores, vários
cidadãos de maiores luzes e cursos acadêmicos,
fizeram parte do grupo docente desse Gimnasio Instituto
Brazileiro. Relatamos a nominata que honra a comunidade
santa-vitoriense em saber, agora, que naqueles anos, homens
se dispuseram a dar a sua contribuição para
prover-nos de luzes culturais conforme o mundo de então
requeria:
Diretor - Braziliano da Costa e Silva;
Professores - Manuel Vicente do Amaral- Joaquim Américo
Carneiro Pereira- Ney de Cerqueira- Luiz Tagle- Guilherme
Castro- Mario Teixeira de Melo- Ciro Pereira- Antônio
de Almeida Peres- Octavio Outeiral- Ulisses de Faro- Abílio
Fuão- Padre Alberto Valor e
Carlos Braga.
Esta relação trazia em seu bojo, advogados,
médicos, dentistas, militares e religiosos.
Foi uma grande tentativa e que se não teve seqüência,
somente depois da última guerra, serviu para demonstrar
que sempre esta gente do sul preocupou-se com o desenvolvimento
cultural e daí surgiram frutos que seguiram proporcionando
valores éticos e morais de nosso povo.
Alguns abnegados colaboradores não eram deste torrão,
mas estiveram prontos para tão difícil e árdua
tarefa de ensinar e que na realidade, mesmo destacado pelos
demais pares, quase nunca é reconhecida pelos políticos
e administradores, como se não fosse pela dedicação
ao ensino que se desenvolve um povo.
|
Rua 13 de
Maio esquina Gal. Deodoro vendo-se à Direita
o 1º prédio em questão. |
|