Santa
Vitória do Palmar na Política Internacional
Nosso município, pela sua estratégica posição
geográfica, sempre esteve envolvido em questões
diplomáticas das mais importantes que o país
enfrentou.
Foi célebre o Tratado de Santo Ildefonso de 1777,
entre Portugal e Espanha, que criava uma zona neutra, que
não se sabe ao certo, qual era a sua largura, indo
desde o Arroio Chuí, até o norte da Amazônia,
mas que ficou conhecida a sua demarcação justamente
onde hoje está o nosso território, desde o
Taim até o Chuí e São Miguel, pelo
fato de ser impossível estabelecê-lo, além
desta região, pois, aqui, tudo era fácil,
devido a sua posição, tendo ao norte o Taim,
ao sul, Chuí e São Miguel a leste, o oceano
Atlântico e oeste, a Mirim.
Dentro desta área que pertencia a ambos os reinos
ibéricos foi sendo forjada a civilização
santa-vitoriense.
Depois, quando da independência do Uruguai em 1828,
criava-se uma comissão para estabelecer os limites
de fronteira com aquele país, começando a
mesma o seu trabalho, desde a foz do Arroio Chuí
até a curva do mesmo onde hoje está a cidade
de igual nome, partindo daí, cor uma linha seca,
até o Arroio São Miguel e depois, em direção
ao norte, pela lagoa Mirim que ficou sendo totalmente brasileira.
Estiveram nesses trabalhos, pela república vizinha,
José Maria Reyes e pelo lado brasileiro, o gal. Francisco
José Soares de Andréa, que viria, como conseqüência
de sua estada aqui, no Palmar de Lemos, a demarcação
que hoje é a cidade de todos nós.
Mais tarde, em 1909-10, na onda de uma política
de solidariedade entre os povos sul-americanos, no governo
do presidente Afonso Pena, o Brasil deu em “condomínio”uma
parte da lagoa Mirim,São Miguel e rio Jaguarão
para que os orientais desfrutassem do uso de suas águas
e inclusive, na navegação, permitindo esse
acordo que ficou conhecido por “Tratado de Petrópolis”
para que os mesmos pudessem ter uma saída para o
oceano, através do canal de Rio Grande.
Este plenipotenciário, considerado por muitos, como
o maior diplomata brasileiro, ficou eternamente reverenciado
na pátria irmã, inclusive com nome de cidade,
ruas, praças, avenidas, etc.e o que é mais
notório, a grafia de seu nome sempre obedeceu a portuguesa
da Branco e não Blanco.
Fomos, por esses motivos expostos, destaque na diplomacia
mundial, inclusive na célebre “Questão
Christie” que foi motivo de outra apresentação
neste veículo.
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Mapa do Município
de Santa Vitória do Palmar que era conhecido Niquinho
anteriormente como Campos Neutrais (Do livro Histórias
das Terras e Mares do Chuí de Péricles
Azambuja). |
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Jovens desportistas
do E. C. Vitoriense e Rio Branco prestando homenagem
ao grande diplomata, Osvaldo Anselmi (Vit) e
Alves Nunes (R.B). |
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