Era do Modernismo
– 1ª Bomba de Gasolina
O desenvolvimento dos automóveis em nossa cidade
era um fato surpreendente, tanto pelas distâncias
de outros centros, como também, pelas dificuldades
de nossas vias de rolamento.
Mesmo assim, desde a chegada de auto, vindo da prefeitura
de Rocha e que já foi motivo de uma crônica
neste espaço e depois, uma gama grande deles começou
a trafegar por estas bandas.
Não eram muitos pela pequenez da cidade e inicialmente
somente “carros de passeio”, posteriormente,
os “de aluguel” e a seguir surgiram os vetustos
ônibus e caminhõezinhos de tanta utilidade.
O Uruguai já despontava com um forte acervo dessa
maravilha surgida na Europa nos fins do século XIX,
para se desenvolver, no seguinte. Chegaram José Santos,
Mazul, Tano, Laço, Marzol, Walter e tantos outros
que se mimetizaram na sociedade local, como chouffers.
Mas o que mais interessa neste momento, é o abastecimento
desses carros com a gasolina e, para que fique claro, este
combustível era vendido em latas embaladas em caixas
de madeira e cujos restos ficaram famosos pelo aproveitamento
em outras atividades como, carregar água, e guardar
produtos perecíveis de uso para a alimentação
(que ironia nos dias de hoje). Logo após essa situação,
vieram as famosas “latas de querosene”, outro
produto para a limpeza, mas principalmente para a iluminação.
As medidas eram ditas assim: “quantas latas de querosene
precisam?”?
Com o desenvolvimento da tração veicular
e onde os “carrões” de grande potência
consumiam altas quantidades de gasolina, foi necessário
dotar a nossa urbezinha de “bombas de gasolina”,
incipientes formadoras dos atuais competentes postos, que
se encontram espalhados por todos os cantos, tanto na cidade,
como no interior.
A primeira “Bomba de Gasolina” aparecida aqui,
foi na firma Anselmi e Cia., na rua 7 de Setembro, ao lado
da travessa Padre José Garcia, que faz limites com
o prédio do Banco do Brasil e a notícia rezava
assim: “acaba de ser instalada na firma A e Cia. possante
bomba de gasolina, conforme já existem nas grandes
localidades, para vender o produto da marca Standart”.
Posteriormente vieram as “bombas” colocadas
na Casa Spotorno e outra, em frente, na praça Gal.
Andréa e a seguir, na Casa Estrela, e depois, nos
subúrbios, uma na Bento Gonçalves, no estabelecimento
de Amadeu Rocha, mais uma, na esquina do Rio Branco, na
Mirapalhete, na venda de João Bárbara, cujo
ponto estratégico dava passagem para a vila do Chuí,
através da Estrada Geral. Por último, fomos
encontrar, quase ao lado da hoje Estação Rodoviária,
outro ponto do Jovem Roberto Plastina.
Este atualíssimo aparelho era uma pequena torre
com um copo de vidro para 80 litros na extremidade superior,
tipo o de um liquidificador e no sub-solo, um depósito,
onde se colocavam os tonéis do produto. Através
de uma manivela era bombeada para a parte superior de onde
chegava por uma mangueira até o tanque do automóvel.
Grande progresso para o ano de 1928, onde tantos outros
benefícios, a população santa-vitoriense,
viu chegar para o grande impulso de uma comunidade perdida
nos isolados rincões do Pampa e dos Palmares sulinos.
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bomba de
gasolina colocada em frente a “venda do Sr.
João Barbosa na rua Mirapalhete, quase esquina
da Mario Teixeira de Mello.
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Este documento foi uma gentileza
dos irmãos Neida e Nei Bárbara que ainda
possuem o armazém na referida parte sul de
nossa cidade. |
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