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Nova Era da Política Nacional – O Jornal Liberal

Por largos anos a imprensa de nosso município diversificou em número de semanários as tendências políticas e culturais, mesmo sendo o Partido Republicano, o que ditava as normas de conduta depois da proclamação da República. Sob o comando de Sebastião F. Cardoso, este órgãos de divulgação apresentava as idéias positivistas e Republicanas saidas da cabeça fulgurante de Julio de Castilhos e seguidas por Borges de Medeiros e outros. Aqui, em nosso torrão, Manuel Vicente era a figura ímpar na administração de nossa comunidade e de grande prestígio estadual e nacional, sendo por isso, duas vezes deputado estadual. Teve nos últimos tempos, antes e depois da morte do “chefe”, o apoio cultural e jornalístico de uma das mais importantes figuras que transitou pelos lados forenses e na escrita, que foi Mario Russumano Anselmi. O jornal, era o ponto alto das comunicações e quando veio a dissidência entre a elite política, surgindo o Partido Republicano Liberal, este ficou sem espaço devido a carência e mesmo a falta de um veículo da imprensa para que pudesse debater com os novos adversários.
O grupo, tendo como líder, Osmarino de Oliveira Terra, que foi o mais destacado procer depois do “Velho Amaral, ressentia-se de uma pena pujante, corajosa e sobretudo, de gabarito, para enfrentar essa dupla imbatível.
Acontece que chega nestas latitudes uma figura que depois será caracterizada neste espaço, paulista de Serra Negra, religioso, grande cultura, de um impulso de valor e por isso, apostando nele, proporcionaram o aparecimento do jornal LIBERAL e que transformou as páginas literárias e competições de pensamento, numa arena, onde as forças agora se degladiavam.
Fundado em 1933, o primeiro número que aqui vai estampado, circulou em 23 de fevereiro e já começou a distribui-se entre os anúncios, os “famosos Reclames”, mas na disputa doutrinária do momento eleitoral, às vésperas da eleição de Getúlio Vargas e a promulgação de 1834. Mesmo assim o LIBERAL, jamais se descuidou do tema que era a preferência do seu fundador e primeiro diretor, o professor e doutor em Teologia TANCREDO FREDERICO BLOTTA, que era a educação.
Durante a ditadura Vargas, juntamente com seu oponente, teve momentos de adesão, outros de lutas, com cuidados extremos porque a opressão era muito grande e quando voltou a democracia em nosso pais, ele se enganjou na pugna contra os herdeiros do tempo de terror e passou a ser a voz da UDN, União Democrática Nacional, sendo um ferrenho contestado do governo do Rio Grande do Sul e de Eurico Gaspar Dutra.
O jornal LIBERAL, foi o indicador dos conservadores municipais que elegeram Osmarino de Oliveira Terra e que mais uma vez governou esta terra.
Hoje o LIBERAL continua circulando ininterruptamente sob o comando Faustino Munhoz, o Dico, jovem que, de aprendiz de tipógrafo, nos idos de 40, chegou ao seu comando como proprietário e diretor do mesmo, tendo, neste instante a assessorá-lo seu filho, o jornalista Faustino Borges Munhoz.
Na realidade, apesar de todos os obstáculos nestes longos anos, este jornal segue marcando a sintonia desta gente e agora, como os demais em circulação, por estas latitudes, não é mais atrelado aos partidos que o criou, mas dentro de uma filosofia própria que se transformou no testemunho escrito de nossa gente altaneira.

Estampa do 1º número do jornal LIBERAL



Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br