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BLANCA BENDER CARPENA DE MENESES


A FIGURA ALVA NA FRONTEIRA DE SUAS PÁTRIAS

“soy gaucha de sepa, nascida em Sãn Miguel”

Assim se manifestava a fronteiriça BLANCA BENDER CARPENA DE MENESES ao Presidente da Academia Sul-Riograndense de Letras, Dante de Laytano, quando do prefácio do livro poema PEONCITO DE PATIO, sua obra maior.
No limite meridional de Santa Vitória do Palmar, numa estância na região de São Miguel, no departamento de Rocha, esta menina, nascida na propriedade de seu pai, Otto Bender, de origem germânica e Sara Olivera dos costados castelhanos do Uruguai, intimamente ligou-se ao nosso torrão e passou a viver aqui. Estudou em Montevidéu e começou a versejar, encantada pelas bucólicas paisagens do arroio São Miguel, plácido e humilde, ligando a lagoa Negra à Mirim e também, da Barra do Chuí, onde em outras épocas (antes do maior crime ecológico feito no Atlântico Sul com a construção do inútil molhe) queno filete, o Chuí, saia do continente, paralelo a ele e o mar, vagando ao norte e desembocava num promontório que ficou conhecido pela “Barranca dos Bender”.
Nessa paradisíaca região conheceu o jovem estudante Nuno Carpena de Meneses e ai lhe entregou o seu coração e sua inspiração, por toda a vida. Viajou para Pelotas onde formou o seu lar, nunca esquecendo os sítios de sua meninice, nem os motivos de sua verve lírica e num ambiente de campo criou a, ao critério do autor desta crônica, sua melhor composição, o Peoncito de Patio, onde retrata o meio, a fronteira e o dia a dia de trabalho, principalmente quando nele diz que:
“este muchachito tan noble
cuya história relato aqui,
llegó a ser Comisario
en la frontera del Chuy”.
Blanca triunfou na literatura hispano-americana, tanto escrevendo na língua mãe, como na de Camões. Foi professora de Literatura espanhola e faz parte da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (RGS). Foi Delegada da Associação da Literatura Feminina Hispânica. Laureada em vários concursos de poesias no Cone Sul e tantos outros trabalhos.
Mas a moça “estudada” sempre esteve voltada para estes lados, mesmo vivendo na capital gaúcha há muitos anos. Segue uma linha política do trabalhismo em ambas as terras que adora e tem como ídolo, Leonel Brizola e em seu círculo de amizades figuras exponenciais da cultura e do civismo brasileiro, como já citado Dante de Laytano, pe. Ivo Clemente, Mozart Pereira Soares e o vulto enorme da vida nacional, o conterrâneo Anselmo Amaral que, na sua grandiosa simplicidade diz dela: “há na poesia de BLANCA, candura, beleza, harmonia e simplicidade”...
E assim, agora, na tranqüila etapa de sua vida afanosa, frente a tantos livros publicados, quantas participações em entidades culturais daqui e do Uruguai, segue a querida, risonha e sobretudo, sensitiva mulher de dois caminhos, ligando o sul e norte, desfilando seu dom, nunca esquecendo as raízes que a prendem neste chão fértil do encontro das nações, onde entregou sua alma e vendo, pôde ressaltar os aromas e paisagens que nos caracterizam e preparam o ambiente telúrico de nosso encantamento.
Verdadeira retratista de uma terra: pintou lugares, sentiu o correr das águas dos arroios e do mar, recolheu os instantes belos da vida que passou por sua frente e fixou-se num brinquedinho rústico, feito por ela, na simplicidade da campanha, com o material que possuía, o Cavalinho de Madeira, simbolizando o animal que tanto serviu a todos nestas lonjuras, quando diz assim:
CAVALINHO DE MADEIRA
Quantas saudades
daquele tempo passado!
Em cima daquela estante
estás quase abandonado.
Se tu pudesse falar,
o que gostarias de contar?
que foste muito amado
por adultos e crianças,
que ouviste choros velados
risos e esperanças
naquela fronteira distante?
Obrigado poetisa BLANCA BENDER CARPERA DE MENESES por todos os perfumes, risos, dramas e saudades, que deixas escrevendo sobre este lindo rincão que amamos tanto.


 
BLANCA BENDER CARPENA DE MENESES.
 
NA PROXIMIDADE DO ARROIO O ARMAZÉM DO GALLEGO NO LADO URUGUAIO TENDO A FRENTE UMA DELIGÊNCIA COM A FAMÍLIA DE PEDRO ALEXANDRINO VASQUES EM VIAGEM PARA CEBOLLATY NO URUGUAI
ARROIO SÃO MIGUEL VISTA DESDE O TERRITÓRIO URUGUAIO A REGIÃO SANTA-VITORIENSE. (FOTO COLOR)

 



 


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br