Jockey Club
de Santa Vitória – A mais rica sociedade local
Outro
instante de nossa vida em que as dificuldades, tanto municipal,
estadual, nacional e internacional, não foram obstáculos
para o desenvolvimento local.
A fundação de uma associação
civil do esporte das rédeas, que viria a ser mais
rica entre todas daqui, foi criada, em 21 de novembro de
1944 quando foram aprovados seus estatutos dando Carter
oficial à mesma.
Confirmado o instrumento legal foi fundada a ASSOCIAÇÃO
TURFE VITORIENSE, que tinha por principais finalidades,
o esporte hípico, como corridas de cavalos, demonstração
das habilidades com eqüinos e a criação,
importação e venda de “puros sangues“
para aprimorar a raça, a estirpe cavalar em nosso
meio, junto, também, à fronteira com o Uruguai.
Foi seu primeiro presidente o bel. Análio Rotta,
tendo a acompanhá-lo a diretoria assim composta:
Vice-presidente
– Orestes Patella;
1º secretário – João Carlos
Calvete;
2° secretário – Jorge Patella Rodrigues;
Tesoureiro – Francisco Alexandrino Flório;
Adjunto – Apa Flores Soares.
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Este
foi o momento mais importante para o desenvolvimento de
uma sociedade que era mais apreciada na vida desportiva
e de jogos a dinheiro, entre os latinos, em especial, os
gaúchos.
Inicialmente as “carreiras” eram feitas em canchas
demarcadas “a olho”, em pedaços de campos
limpos, geralmente em volta de alguma casa comercial ou
boliche de beira de estrada. Aqui, não foi diferente
e quando a povoação de Andréa começou
a se desenvolver, as primeiras Festas foram realizadas na
parte nordeste da cidade, onde, mais ou menos, é
hoje o corredor dos “Maximilas e da antiga Estrada
Geral”, nos fundos do “Campo da Avaliação”.
Os terrenos para a prática desse movimentado esporte
eram de Galdino Acunha.
Posteriormente, a Sociedade Agrícola, Pastoril e
Industrial, agora de propriedade do Sindicato Rural dos
Empregadores de nosso município, cedeu ao grupo,
suas dependências para formarem uma pista, a fim de,
desenvolver o esporte e no “chalé” de
madeira da instituição, o local, para fazerem
as reuniões e principalmente, as apostas.
Mais tarde, a Associação Turfe Vitoriense
comprou, primeiro uma área grande na estrada da Canoa
– Mirim, passando o aeroporto e pela proximidade do
perímetro urbano, foi adquirido outra, na av. Bento
Gonçalves, cuja entrada ficou sendo onde desembocadura,
a rua Gel. Canabarro.
Construiu-se o próprio de entidade, como galpões,
báias, cancha com areia e um enorme pavilhão
coberto, onde embaixo, estava instalada a sua sede rural.
Alguns dos presidentes marcaram a sua passagem por essa
entidade com obras inovadouras como aconteceu com o médico
Francisco Pereira, o dr.Cuca, que comprou o local, o sr.
Delmo de Marco que trouxe a energia elétrica, água
e tantos outros melhoramentos e Denis Bacelo que introduziu
em sua gestão o “Partidouro Automático”.
Atualmente está no comando o médico veterinário,
Adilson Canabarro.
Também, nesse ínterim, a sociedade começou
a crescer, trocou o nome para JOCKEI CLUB. Santa Vitória
e por ocasião da mudança do clube Caixeiral
para a rua Barão do Rio Branco, foi comprada dele
a sede localizada nas esquinas das ruas Gel. Deodoro e Conde
de Porto Alegre e depois, outra, na praça Gel.Andréia
ao lado do clube Comercial, que não existe mais.
Nestes momentos agitados do novo século, pela falta
de dinheiro em circulação e de outros rumos
da sociedade geral, o esporte das rédeas não
é mais o nobre hábito de “ir às
pencas”, mas as informações de alguns
aficionados, como o médico Flor Amaral, o pecuarista
Delmo Demarco, o lírico encantado pela “performa”
dos tostados, tordilhos, mala-caras e tantos pelos de que
se exibiram perante as platéias do extremo sul, o
Marinho Blotta, fizeram reviver tão importante momento
de nossa vida, social e esportiva.
As figuras de Perico Alfaro, Paquito, Arzelindo Carvalho
e dos de agora, homens do turfe, como Eri Texeira, Liquinho
e Bira Corrêa, trazem a lembrança de grandes
cavalos que se imortalizaram, como, Eneuro, Estolinha, Monastrel,
Loba, Moon Ligth e os grandes haras que aqui se desenvolveram,
como o, São Marco, de Osmarino De Marco, Cerro Lindo,
de seu irmão, o Delmo, Chuí, de Pedro Rotta
e o último grande estabelecimento o Haras Lemos,
de Zeferino Lemos.
O esporte das rédeas com seus homens dedicados, jogadores
compulsivos, criadores motivados, sempre foi uma referência
entre os habitantes do sul e as lembranças saltam
por todos os lados, deixando um misto de fé na realização
de nossos homens e de saudade pelo tempo que passou e finalizando,
no meio, lembro o cavalo de Pedro Rotta, o RINCONETE, filho
do argentino CONGREVE, imortalizado numa milonga daquele
país, de autoria de Alberto Gomes, chamada de MILONGA
QUE PEINA CANAS, cuja letra é toda ela feita nomeando
cavalos importantes.
Milonga que peina canas
Y llora por San Martin,
Com los hijos de Congreve
vuelbo a rejuvenecer...........
Os nossos grandes espécimes cavalares não
estão mais, entanto, com as lembranças de
momentos de emoção, “voltamos a rejuvenecer”
com eles e, esta grande raça de varões que
enriqueceram o hábito das corridas e levaram longe,
o nome de Santa Vitória do Palmar, nas canchas do
mundo, no instante em que completamos 150 anos.
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A entrada
para o parque do joquei clube de santa vitória. |
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Pessoas de distaque
que atua hoje no parque Liquinho e Eri Teixeira (filho
e pai) e Bira Correa. |
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Médico
Veterinário Adilson Canabarro atual Presidente. |
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Médico José
Pereira - Dr Cuca em sua gestão foi criado
o parque |
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Primeiro
Presidente Bl. Analio Rodrigues Rotta. |
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vista aerea do
parque com os predios para receber os animais e a
sede social. |
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Partidouro
Automático instalado na gestão de Denis
Bacelo. |
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Primeira sede urbana
do Jockey Clube Santa Vitória - antigo Clube
Caixeiral |
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Delmo
de Marco com a famosa égua de sua propriedade
Estolinha |
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