Presidente e Assessor Jurídico da Câmara afirmam:
Ato foi legal
PlanetSul 01/03/2004
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Dr. Rafael Patella,
Assessor Jurídico, e Vereador Barreto, Presidente
da Câmara |
De acordo com decla-rações do Presidente da Câmara,
Vereador Volmair Barreto, mesmo com a argumentação
incisiva da defesa, a respeito da inconstitucionalidade daquele
ato (sessão para julgamento do processo), não houve
qualquer dúvida da plenária quanto a necessidade
de prosseguir com os trabalhos da sessão, que culminou
com a votação do relatório final apresentado
pela Comissão Processante e cassação do mandato
do acusado.
Ouvido o Assessor Jurídico da Câmara de Vereadores,
Dr. Rafael Patella, que acompanhou todo andamento do processo,
este esclareceu que desde o início dos trabalhos da Comissão,
o Decreto 201/67 foi observado, tendo em vista que o regimento
interno da Câmara, não era suficientemente claro
para os processos de cassação. Patella disse que
a linha de defesa do acusado, primeiramente apostou no exame grafotécnico,
solicitando inclusive a dispensa das testemunhas e a consideração,
por parte da comissão, apenas do exame pericial, o que
não ocorreu.
Pelo reconhecido empenho da Comissão, o resultado do exame
foi expedido ainda em tempo hábil (30/01), com resultado
positivo, restando à defesa a argumentação
técnica do não cumprimento do prazo para tramitação
e votação de acordo com o Decreto Federal.
Segundo o Assessor Jurídico, a Câmara procedeu um
julgamento político-administrativo, garantindo ampla defesa
do acusado, dando ciência ao mesmo de todos os atos que
a Comissão estava realizando, sendo assim pautada a atuação
da mesma, que culminou com a cassação.
Patella informou ainda que, naquela data (27), o ex-vereador
havia tentado obstar a realização da sessão,
através de mandato de segurança com pedido de liminar,
o que fora indeferido pela justiça, embora esta tenha solicitado
à Câmara, alguns documentos para análise do
mérito e posterior pronunciamento.
Quanto a possibilidade de retorno do ex-vereador ao cargo, tanto
para o presidente da Casa, Vereador Barreto, quanto para o Assessor,
Dr. Rafael Patella, cabe a justiça determinar o retorno
ou não. À Câmara de Vereadores cabe acatar
a decisão judicial, seja ela qual for.
Barreto salientou ainda, sua surpresa quanto a atitude do ex-vereador,
uma vez que o mesmo não se utilizou pessoalmente do tempo
que lhe era de direito (2 horas) para defender-se das acusações
frente aos seus colegas vereadores e conseqüentemente à
comunidade santa-vitoriense, buscando isentar-se da acusação
e provar sua inocência pelo fato do qual fora acusado.
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