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Porto de Rio Grande embarca 8,5 mil bovinos para o LíbanoPlanetSul – 17/03/2005
O Porto de Rio Grande realiza, a partir desta quinta-feira (17), o embarque de 8,5 mil bovinos para o Porto Beirute, no Líbano. A previsão é de que o navio Kenoz, de bandeira libanesa, atraque no cais revitalizado do Porto Novo, às 18h, devendo em seguida iniciar o embarque da carga viva. A operação envolve 40 caminhões, que realizarão 240 viagens até a Associação Rural do município de Pelotas, onde estão cerca de 6,5 mil bovinos que serão exportados. O restante, 2 mil bovinos, estão em uma fazenda em Rio Grande. A carga avaliada em mais de R$ 4 milhões é oriunda de fazendas do Rio Grande do Sul e foi adquirida pela empresa Livestock, que é uma subsidiária brasileira de uma multinacional da Jordânia, especializada na compra de gado destinado para os países do Oriente Médio. Para atender as exigências do Líbano os bovinos devem ser exportados vivos, com pouca idade e não castrados. A preferência por bovinos novos e não castrados deve-se ao baixo índice de gordura apresentado na carne. Após chegarem ao destino, os bovinos deverão ser abatidos de acordo com as normas do país. Segundo o responsável pela operação portuária e pelo despacho, Leonardo Vanzin, da empresa RD Vanzin, o embarque no navio curral da-se através de uma rampa que é colocada sobre o cais (procedimento similar ao sistema roll-on/roll-off). Os caminhões se posicionarão na rampa onde a carga será descarregada. Tanto a operação de desembarque como a de embarque dos bovinos leva apenas 10 minutos, sendo o maior tempo gasto, cerca de uma hora, na viagem entre Pelotas e Rio Grande. No cais do Porto Novo, a partir das 15h, deverão chegar os primeiros caminhões que transportaram cerca de 40 animais cada um. A idéia é que quando o navio atraque, os 40 caminhões estejam com a carga pesada e liberada para iniciar imediatamente o embarque que deverá durar 48 h. Vanzin observa que esta será uma operação-piloto.
Caso dê certo, haverá embarques de gado regulares para
o Líbano. Conforme ele, este tipo de carga era embarcada no Uruguai,
mas devido à diminuição no rebanho uruguaio, ao
alto preço do gado e à abertura de novos mercados, o Brasil
passou a ser uma nova opção para as operações
da empresa Livestock.
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