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Coletiva do Prefeito II
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- “Assumimos dia 1º, sendo que o primeiro dia útil foi dia 3, onde assumimos com todo o secretariado e aos poucos estamos montando o 2º e 3º escalões. Na verdade já entramos com algumas demandas bastante fortes como a questão do verão (praias), a saúde e tudo que envolve o verão, como saúde, cultura e esporte. A primeira semana começamos com a organização dos jogos e com as obras públicas – limpeza das praias, colocação de iluminação pública, garantindo aos veranistas das praias (Hermenegildo, Barra e Porto) boas condições.”
“Quero fazer uma avaliação, secretaria por secretaria, como encontramos a casa e o que já fizemos:”
- Educação:
“Encontramos as creches fechadas desde o dia 17 de dezembro.
Não tem funcionários. Lá está o diretor,
um ou dois funcionários e sem merenda escolar. As crianças
eram atendidas por CIEEs na sua grande maioria. CIEEs de primeiro grau.
Em torno de 150 CIEEs trabalhavam nas creches. Crianças de 16
anos cuidando de crianças. Para nós isso é um absurdo,
não traz qualidade no atendimento, não é o objetivo
do CIEE que é estágio. Portanto, encontramos as creches
fechadas sem condições de reabertura. Após sanados
todos os problemas pretendemos reabri-las em 10 de fevereiro.
O setor de compras com os computadores totalmente deletados, não
tem estoque, não tem fornecedores. Não existe na secretaria
registro dos professores. Não temos uma relação
do quadro de professores e funcionários das escolas. Isso demonstra
o descontrole da secretaria da educação.”
- Cultura, Esporte e Turismo:
“Não possui funcionários, não tem um
carro, só tem os cargos políticos. Do ponto de vista administrativo
é um descalabro total. Estamos com eventos esportivos e culturais
em todas as praias (Barra, Hermenegildo e Porto). O Ginásio Cardeal
está abandonado, estrutura para se recuperar, quadra para arrumar,
repintar. O telhado para consertar que chove por tudo. No teatro não
foi encontrado o lustre maravilhoso que lá existia. Contas de
água e de luz atrasados, telefone também.”
- Secretaria de Obras:
“É a secretaria que trabalha todos os dias o dia
todo. No segundo dia já tínhamos lixo para coleta. Encontramos
a secretaria praticamente parando. Os veículos e máquinas
bastante depredados, bastante prejudicados. Para se ter uma idéia,
temos 21 caminhões e apenas um em perfeito funcionamento. Conseguimos
nestas semanas recuperá-los. As dragas, uma quebrada e a outra
vazando óleo para tudo que é lado, sem condições
de operação”.
Das cinco retroescavadeiras existentes, apenas uma operando. O trator
de esteira quebrado, recuperamos e já está operando.
A Usina de asfalto está parada a quatro anos sem nenhuma manutenção,
que poderia trazer muitos benefícios a comunidade, mesmo com
convênios com o Uruguai, Daer e outros.
O Cemitério é uma questão preocupante. Já
determinei a elaboração de projeto para a construção
do muro para segurança do mesmo. Havia um descaso total.
Estamos contratando emergencialmente mão-de-obra para serviços
de roçado e capina.
Os banheiros públicos sem a menor condição de uso,
o porto abandonado, equipamentos em propriedades particulares. Bolanta
na casa de um cara, rolo compactador na casa de outro. Fora equipamentos
que temos noticias que sumiram e que estaremos abrindo sindicâncias
para apurarmos os sumiços desses equipamentos.
A Secretaria de obras fez um grande mutirão de limpeza nas praias,
iluminação, limpeza dos acessos à orla. As garis
retornaram para limpeza nas praias, depois de vários anos sem
atuarem nos balneários.
Já estamos atuando nas estradas do interior e recuperamos mais
de 50 Km de estradas. Serviço de primeira qualidade. São
Miguel, Geribatu (vindo pelo firino) já foram recuperadas. Agora
estamos trabalhando na estrada de Canoa Mirim e vamos até o Arroito,
dentre outros serviços e a programação de recuperação
de todas as vias do interior.
O lixão está com lixo a céu aberto, completamente
fora dos padrões de manejo de resíduos sólidos
proposto pela FEPAM. Não tinha nem onde colocar o lixo, não
tínhamos cancha. Estamos resolvendo esta questão.
Nosso aeroporto está interditado por causa do lixão.”
“Problemas muito grandes. Muitas filas para agendamentos.
Tivemos que deslocar médicos para atendimento nas praias. As
unidades de saúde estão ainda com filas. Estive no Postão
outro dia, às seis e meia da manhã, conversar com as pessoas
para entendermos esta situação de buscarmos a solução”.
Precisamos organizar o atendimento da saúde. Há a necessidade
de informatizar, pois não há controle no atendimento aos
usuários do sistema.
O salário dos médicos e baixo, baixíssimo. O profissional
de saúde e muito mal pago em Santa Vitória.
Posto de Saúde como o Artelina, está lá no meio
do campo, bem estruturado sem clientela para usufruir desta estrutura.
Nos Donatos o Posto de Saúde e a creche se interligam, a criança
pode ter acesso a material utilizado no posto, o lixo do Posto fica
de fácil acesso da creche.
Temos um alto índice de mortalidade infantil em Santa Vitória.
Aí vêm a questão do pré-natal, que precisa
ser implementado mais ações. Já estamos com quase
25 mortes por mil, quando no estado a mortalidade infantil é
em torno de 14,5. Precisamos trazer este índice a níveis
do estado.
O PSF do interior encontramos sem médicos. As equipes dos PSF
da cidade com salários de dezembro não pagos. Telefones
da secretaria de saúde cortados por falta de pagamento“.
- Assistência Social:
“O Bolsa Família é um cadastro antigo que ninguém
visitou ninguém. Ninguém comprovou que é carente
para receber o auxílio. É obrigatório até
28 de fevereiro entregar todo o cadastro de famílias carentes
da cidade. Não foi feito, começará a ser feito
agora.
Estamos reforçando a equipe para atender a demanda, já
que a estrutura encontrada contava com apenas duas pessoas. Possui apenas
um veículo e toda a demanda.
Deveria ser feito pela administração anterior um plano
de ação da assistência social para ser encaminhado
até hoje. Como fizeram o orçamento e não produziram
o respectivo plano. Nem na transição nos comunicaram que
não havia sido feito. Descobrimos depois e estamos desenvolvendo
o plano agora.
Para as famílias que receberam terrenos e casas populares, não
teve um critério. Não sei se o critério era do
Prefeito levantar o telefone e dizer “para fulano tem para fulano
não tem”, se é o do Vereador ou político
da região. Temos denúncias que Vereadores tinham doado
terrenos para determinadas pessoas nos loteamentos da cidade. Vamos
rever isso.
O Fome Zero será a principal política social em nosso
município, onde englobará todos os projetos.
A padaria escolar não tem objetivos já que não
existe em nenhuma padaria qualquer pessoa que tenha aprendido a profissão
naquela unidade. Quanto se gastou com isso sem nenhum objetivo pratico”.
- Agricultura:
“Máquinas sem funcionar. Nenhum trator funcionando
na patrulha agrícola. As máquinas acabadas e sumidas.
Isso mesmo, sumidas. Estamos buscando e abrindo sindicâncias.
Não tem telefone, estavam cortados. Os veículos em péssimo
estado”.
Abandonaram a arborização da cidade. Iremos retomar esta
arborização.
No interior, as caixas d´água sem manutenção,
sem dosagem de cloro, falta de higiene com acesso de pássaros
na produção de água potável.
A parte de estradas rurais saiu da Agricultura e concentramos na Secretaria
de Obras.”
- Administração:
“Descalabro total. Funcionários públicos abandonados
e desvalorizados, sem estímulos e salários muito baixos,
tendo que compensar com horas extras. Desvios de função
para tudo que é lado. Defasagem salarial, com alguns funcionários
ganhando R$ 170,00 de salário básico. Complementa com
hora extra para não reclamar. Isso não é política
de recursos humanos. Isso e uma indecência.
A desorganização do controle de veículos. Departamento
de compras descentralizado, com compras idênticas e valores completamente
diferentes.
Locais de trabalho em alguns setores insalubres.”
- Fazenda:
“Tentam passar que está tudo Ok. A situação
da Prefeitura é bastante grave. Os telefones cortados, o caixa
raspado e o telefone principal da Prefeitura (263-8000) estava para
ser cortado, com dívida de R$ 9.800,00, tivemos que pagar.
A dívida da Prefeitura com a Caservim é de R$ 900.000,00.
Vários meses de desconto dos funcionários não foi
recolhido para a Caservim. Isso é apropriação indébita.
Isso é crime e vamos encaminhar ao Ministério Publico.
O FAPS é o pior. O Fundo de Aposentadoria dos Servidores. Desde
agosto não é recolhido um real ao Fundo. Agora precisamos
da negativa para convênios e estamos correndo o risco de não
obter este documento. Devem para o FAPS R$ 1.800.000,00, aproximadamente,
sem a correção.
Temos denúncias que mexeram no dinheiro do FAPS no banco. Pegaram
o dinheiro para cobrir despesas sem autorização da Câmara.”
- Conclusão:
“Estamos colocando a casa em ordem. Estamos garantido os serviços
básicos à população e partindo na busca
de recursos através de convênios.”