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O Progresso é um resultado
Por Germano Rigotto*
Se devesse apontar qual a frase que mais tenho ouvido
nos últimos dois anos, não hesitaria em afirmar que surge
nos contatos que temos mantido com investidores que atraímos
para o Estado. Ela expressa, de alguma forma, o fato de que a decisão
de investir no Rio Grande do Sul tem como causas principais a qualidade
de vida e dos recursos humanos, a posição geográfica
privilegiada, e as estratégias de desenvolvimento que adotamos.
O progresso econômico e social não é uma opção.
Se fosse, não haveria atraso e pobreza. O progresso é
o resultado de decisões certas e de meditas bem adotadas que
produzam resultados positivos nessa direção. Sempre me
pareceu, por exemplo, que as dificuldades enfrentadas pela Metade Sul
do Rio Grande do Sul decorriam de fatores externos e de políticas
públicas equivocadas. Por isso, desde que assumimos o governo
rio-grandense, procuramos promover o desenvolvimento integrado do Estado,
com ênfase para a atração de investimentos produtivos
às regiões mais necessitadas.
Estamos sendo muito bem sucedidos nesse intuito. O Rio Grande do Sul
tem-se constituído, nos últimos dois anos, em campeão
na atração de empreendimentos dos mais variados portes.
E a Metade Sul tem recolhido parcela importante desse esforço,
que se concentra na matriz produtiva local (desenvolvimento da fruticultura,
reabertura de frigoríficos, expansão da ovinocultura,
difusão de tecnologias e programas do IRGA para a lavoura arrozeira)
e em novas alternativas de exploração econômica
das potencialidades regionais.
Entre estas últimas, vale citar os expressivos empreendimentos
de base florestal, que em curto prazo representarão nova riqueza
regional, dentre os quais avultam os investimentos da Aracruz e da Votorantim
e o surgimento de um novo pólo metal-mecânico no Estado
com a instalação de dois importantes estaleiros em Rio
Grande. A expansão das exportações brasileiras
tornava inevitável uma grande ampliação da marinha
mercante nacional. Fomos atrás desses empreendimentos porque
estão previstas encomendas de quatro dezenas de petroleiros nos
próximos meses e as instalações de Rio Grande estarão
em condições de produzir navios de até 350 metros.
São negócios que montam a mais de um bilhão de
dólares, aos quais se soma a demanda por plataformas de petróleo.
Acabamos de festejar - e o fato é realmente festivo - a decisão
da Queiroz Galvão de construir, em Rio Grande, a plataforma P053.
Ela só será construída lá porque lá
se constituiu um pólo em condições de produzi-la.
Para a plataforma serão investidos US$ 370 milhões, gerados
inicialmente 500 postos de trabalho e, em dez meses, 2000 empregos diretos.
Estima-se que o total de empregos de indiretos na região ultrapasse
os 5 mil pelo acionamento de amplo conjunto de atividades correlatas
dentro da cadeia produtiva.
Enquanto operamos nessa direção, participamos da expectativa
de todos para com os resultados das pesquisas que passarão a
ser desenvolvidas em busca de gás e petróleo na Bacia
Pelotas. São novos e melhores tempos que haverão de resultar
em progresso social e econômico para nosso Estado e em mais justa
distribuição da renda entre suas regiões.
*Governador do Estado
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