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BR 471
A Agonia continua

Planetsul

Denunciado inúmeras vezes pelas comunidades do extremo sul, a BR 471, no trecho da reserva do Taim, continua agonizando. A preocupação persiste, na medida em que, as iniciativas tomadas pelos órgãos responsáveis não passam de meras soluções paliativas, muito aquém das necessidades urgentes que a rodovia exige.
A obra de 6 milhões de reais, anunciada pelo governo federal, representa apenas uma meia dúzia de trabalhadores empilhando pedras em um trecho que não ultrapassa 1.800 metros dos mais de 15 quilômetros do trecho em perigo.

O que se viu até agora é isso. No momento de maior atividade, quem passava pelo local presenciava um pequeno número de trabalhadores, um ônibus para seu transporte e uma retro-escavadeira. Muito pouco para uma empresa que venceu a licitação de recuperação da rodovia, não só naquele trecho, mas nos mais de 200 Km entre a Vila da Quinta e o Chuí.

As imagens falam por si. Nossa equipe esteve nesta sexta-feira (28) no Taim, não encontrando qualquer indício de atividade no momento (14 horas), registrando os serviços realizados desde o início destes.

A preocupação aumenta com a chegada do inverno, onde intensas chuvas poderiam comprometer definitivamente o trânsito naquele trecho, isolando as cidades de Chuí e Santa Vitória do Palmar, com transtornos e prejuízos de difícil dimensionamento, já que trata-se da única via de comunicação deste extremo com o resto do país.

Tentaremos no decorrer desta semana buscar explicações da empresa executora e do DNIT-Pelotas, visando esclarecer esta situação e, se possível, podermos tomar conhecimento do cronograma das obras, para que possamos fazer um acompanhamento, dado o alto interesse público da questão.